A batucada inovadora do Monobloco completa 18 anos!!!

Fundado em 2000 por C.A. Ferrari, Celso Alvim, Pedro Luís, Mário Moura e Sidon Silva, após uma oficina de percussão no SESC Vila Mariana (SP) ministrada pelos integrantes da banda Pedro Luís e a Parede, o Monobloco prepara o 17º Carnaval de sua história. Em 2018, portanto, o Monobloco chega à maioridade carnavalesca sempre inovador, pronto para novas experimentações. Quem hoje vê os carnavais de rua arrastarem multidões – o Monobloco já contabiliza mais de três milhões de foliões em seus desfiles, de 2001 para cá – , talvez não saiba como era o cenário há 18 anos. “Nessa época, o carioca saía da cidade. Era um movimento mais da vizinhança, que só veio a explodir de 18 anos para cá. Hoje o Rio virou um polo que atrai gente do Brasil inteiro, o carnaval de rua virou esse movimento gigante, como em Recife e Salvador. E nós estávamos no início deste movimento ascendente, desta escalada”, relembra Sidon Silva. Mario Moura completa: “O carnaval se reduzia aos desfiles das Escolas de Samba e alguns poucos blocos. Tivemos a oportunidade, com Pedro Luís e a Parede, de visitar o carnaval de Recife e aquela experiência rica e incrível sacudiu a cabeça da gente e nos ajudou a formatar o que viemos a fazer depois”.

Por trás de toda a criatividade e pujança sonora do Monobloco, que mistura instrumentos como cavaco, repique, tamborim, chocalho, surdo e agogô com grooves de guitarra e baixo – está a formação de profissionais nas oficinas de percussão, a base de tudo: “A gente tem como missão promover a educação musical. Muita gente tinha vontade de tocar mas desistia, ou queria tocar de qualquer maneira, no improviso. Como já éramos músicos profissionais naquela época, nossa ideia era fazer uma bateria bem organizada”, pontua Celso Alvim. “A gente tinha esse gosto, essa atenção com a percussão, com a música afro-brasileira, afro-cubana, dentro da nossa alma roquenrol, MPB e tudo mais. A Parede sempre teve essa vocação didática”, sublinha Pedro Luís. “Nós começamos a convocar leigos para se habilitarem a instrumentos de samba, para os colocar à disposição de toda a diversidade musical brasileira. Essa inciativa foi realmente do Monobloco no Rio de Janeiro e acabou servindo de exemplo para outras cidades
do Brasil, neste formato de oficinas”.